Enem 2019 - Primeiro Dia - Caderno Azul - Aplicação Regular

  • Esporte e cultura: análise acerca da esportivização de práticas corporais nos jogos indígenas

    Nos Jogos dos Povos Indígenas, observa-se que as práticas corporais realizadas envolvem elementos tradicionais (como as pinturas e adornos corporais) e modernos (como a regulamentação, a fiscalização e a padronização). O arco e flecha e a lança, por exemplo, são instrumentos tradicionalmente utilizados para a caça e a defesa da comunidade na aldeia. Na ocasião do evento, esses artefatos foram produzidos pela própria etnia, porém sua estruturação como “modalidade esportiva” promoveu uma semelhança entre as técnicas apresentadas, com o sentido único da competição.

    ALMEIDA, A. J. M.; SUASSUNA, D. M. F. A. Pensar a prática, n. 1, jan.-abr. 2010 (adaptado).

    A relação entre os elementos tradicionais e modernos nos Jogos dos Povos Indígenas desencadeou a

  • TEXTO I

    A promessa da felicidade

    JU LOYOLA. The promise of happiness.

    LOYOLA, J. Disponível em: http://ladyscomics.com.br.
    Acesso em: 8 dez. 2018 (adaptado).

    TEXTO II 

    Quadrinista surda faz sucesso na CCXP com narrativas silenciosas

    A área de artistas independentes da Comic Con Experience (CCXP) deste ano é a maior da história do evento geek, são mais de 450 quadrinistas e ilustradores no Artistsꞌ Alley.

    E a diversidade vai além do estilo das HQ. Em uma das mesas na fila F, senta a quadrinista com deficiência auditiva Ju Loyola, com suas histórias que classifica como “narrativas silenciosas”. São histórias que podem ser compreendidas por crianças e adultos, e pessoas de qualquer nacionalidade, pelo simples motivo de não terem uma única palavra.

    A artista não escreve roteiros convencionais para suas obras. Sua experiência de ter que entender a comunicação pelo que vê faz com que ela se identifique muito mais com o que observa do que com o que as pessoas dizem.

    E basta folhear suas obras que fica claro que elas não são histórias em quadrinhos que perderam as palavras, mas sim que ganharam uma nova perspectiva.

    Disponível em: https://catracalivre.com.br. Acesso em: 8 dez. 2018 (adaptado).

    O Texto I exemplifica a obra de uma artista surda, que promove uma experiência de leitura inovadora, divulgada no Texto II. Independentemente de seus objetivos, ambos os textos

  • HELOÍSA: Faz versos?
    PINOTE: Sendo preciso... Quadrinhas... Acrósticos... Sonetos... Reclames.
    HELOÍSA: Futuristas?
    PINOTE: Não senhora! Eu já fui futurista. Cheguei a acreditar na independência... Mas foi uma tragédia! Começaram a me tratar de maluco. A me olhar de esguelha. A não me receber mais. As crianças choravam em casa. Tenho três filhos. No jornal também não pagavam, devido à crise. Precisei viver de bicos. Ah! Reneguei tudo. Arranjei aquele instrumento (Mostra a faca) e fiquei passadista.

    ANDRADE, O. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003.

    O fragmento da peça teatral de Oswald de Andrade ironiza a reação da sociedade brasileira dos anos 1930 diante de determinada vanguarda europeia. Nessa visão, atribui-se ao público leitor uma postura

  • A viagem

    Que coisas devo levar
    nesta viagem em que partes?
    As cartas de navegação só servem
    a quem fica.
    Com que mapas desvendar
    um continente
    que falta?
    Estrangeira do teu corpo
    tão comum
    quantas línguas aprender
    para calar-me?
    Também quem fica
    procura
    um oriente.
    Também
    a quem fica
    cabe uma paisagem nova
    e a travessia insone do desconhecido
    e a alegria difícil da descoberta.
    O que levas do que fica,
    que, do que levas, retiro? 

    MARQUES, A. M. In: SANT’ANNA, A. (Org.). Rua Aribau. Porto Alegre: Tag, 2018.

    A viagem e a ausência remetem a um repertório poético tradicional. No poema, a voz lírica dialoga com essa tradição, repercutindo a

  • O Instituto de Arte de Chicago disponibilizou para visualização on-line, compartilhamento ou download (sob licença Creative Commons), 44 mil imagens de obras de arte em altíssima resolução, além de livros, estudos e pesquisas sobre a história da arte.

    Para o historiador da arte, Bendor Grosvenor, o sucesso das coleções on-line de acesso aberto, além de democratizar a arte, vem ajudando a formar um novo público museológico. Grosvenor acredita que quanto mais pessoas forem expostas à arte on-line, mais visitas pessoais acontecerão aos museus.

    A coleção está disponível em seis categorias: paisagens urbanas, impressionismo, essenciais, arte africana, moda e animais. Também é possível pesquisar pelo nome da obra, estilo, autor ou período. Para navegar pela imagem em alta definição, basta clicar sobre ela e utilizar a ferramenta de zoom. Para fazer o download, disponível para obras de domínio público, é preciso utilizar a seta localizada do lado inferior direito da imagem. 

    Disponível em: www.revistabula.com.
    Acesso em: 5 dez. 2018 (adaptado).

    A função da linguagem que predomina nesse texto se caracteriza por

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